17 de outubro de 2006

Noto...

... que já não estás só.
Vejo-o no sorriso, na roupa, na boa disposição.

Coisa estranha esta frustração.
A ideia de que não fomos o que podíamos.

E até acredito que não eras para mim.
Mas falta-me a certeza, a convicção.

Queria perder o gosto com que te olho.
Gostava de ter podido cansar-me das tuas mãos.
E lamento não ter tido a chance de me enjoar de ti.

Em vez disso, ficou...
... a saudade do teu carinho.
... a nostalgia do teu toque.
... a ausência do teu beijo.
... a lembrança da tua paixão.

E a ilusão incomodativa de que podia ter havido um 'nós'.