27 de fevereiro de 2009

Sonho...

... um Amor de cor silvestre.

De cheiro, brisa e azul de mar.
De sol, luz e redes a balouçar.

Sonho um Amor cândido e simples.

De impulsos urgentes rasgando gelo e lágrimas.
De tranquilo conforto abrandando a tempestade.

Sonho um Amor romântico, violento.

De palavras palermas enchendo de luz o dia...
... e sussurros obscenos profanando de pecado a noite.

Sonho um Amor miúdo e traquina.

De repentes, mergulhos e risos.
De corridas, passeio e gozo.

Sonho um Amor a dois.

De danças lentas e respirações aceleradas.
De carne e saliva e duas peles transpiradas.

Sonho um Amor Amor.

De Amizade, Paixão, Saudade e Dor.
De Paz, Conforto, Inquietação e Fervor.

Sonho um Amor...
... e amo um Sonho.

"O Benfica...

... é obrigado a vencer hoje, se quer manter alguma pressão sobre Porto e Sporting".

A suposta 'notícia' caiu-me mal.
Como me cai (sempre) mal que se suponha que o SLBenfica não joga (sempre) para ganhar.

É perfeitamente indiferente que estejamos na frente da corrida ou a 1 ponto, a 4 ou a 20.
E é completamente secundária a competição em questão.

A vitória é a única meta, o único objectivo.
E não há glória em nenhuma outra atitude.

A vitória do SLBenfica não é a derrota dos rivais.
É, tão simplesmente, a única Luz que nos guia.
E o único Prémio que almejamos!

18 de fevereiro de 2009

O Medo e o Amor

Só existem duas emoções...
... o Medo e o Amor.
Ouvi isto ontem... e fez sentido.

O Ciúme é o Medo de perder.
A Vingança é o Medo de voltar a ser magoado.
O Perdão é Amor.
O Stress é, geralmente, o Medo de defraudar as expectativas de alguém.
A Frustração, o Fracasso e o Insucesso são o Medo de mudar.
E por aí fora...

Temos muito mais Medos do que Amor, se bem me pareceu.
E muito, muito, muito Medo do Amor...

My Blog Personality...




Your Blogging Type is Artistic and Passionate



You see your blog as the ultimate personal expression - and work hard to make it great.

One moment you may be working on a new dramatic design for your blog...

And the next, you're passionately writing about your pet causes.

Your blog is very important - and you're careful about who you share it with.


Acho que só a última frase é que não é verdadeira, uma vez que o meu blog é público ;)

Copiei daqui :)

16 de fevereiro de 2009

Sabem...

... aquelas ganas de cantar alto para que se repare?
Para que se perceba que se sabe a letra?
Para que se mostre que se conhece a canção?

Reconhecem a voz esganiçada que se quer fazer ouvir?

Eu canto sempre baixo.
E, mesmo que a minha voz se dilua na do cantor, o que tento mesmo é nunca sair do tom...

13 de fevereiro de 2009

Todos os dias...

... faço 70km de estrada. O mesmo caminho, duas perspectivas.

Vejo o nascer da cor e da luz. O morrer das sombras e dos medos.

Sinto a pressa dos outros. Que alimenta a minha.

E leio o fumo das chaminés. O movimento das ruas e cafés.

Ouço o burburinho, o silêncio da noite que se quebra. Os passos de quem caminha, os motores de quem acelera.

Mas, à noite, atravesso o frio e a escuridão.
E namoro as luzes das casas e o calor que lhes adivinho.

O cão que acompanha o dono, a criança que faz o TPC.
A mesa que reúne a família, a família que se revê.

Enxoto o arrepio das casas vazias.
Do abandono e da solidão.

E fujo daquela visão.
Afasto depressa o olhar.

E volto a correr.
Quero ultrapassar.

Ai esta eterna pressa de chegar.

12 de fevereiro de 2009

Medo...

Recebi um convite do Saddam Hossain para ser sua amiga no Facebook.

Medo...

11 de fevereiro de 2009

"Tem filhos?"


A pergunta feita de forma inócua.

Ouço-me a responder:
"Não"
Mecânica e displicentemente.

E depois a pergunta que não se atreve a fazer.
"Porque não?"
Ecoando em ambas as mentes.

Respondo só para mim mesma.
"Não quero.
Não está na minha natureza.
É errado?"

Rebelde, desafiadora... angustiada.

6 de fevereiro de 2009

"Vem ver-me"...

... pediste-me, "Sinto-me em baixo".

É do Inverno, eu sei.
Este ar gelado que nos descora.
A chuva cinzenta que nos rouba a luz.

Mas também o sinto.
O cansaço que se entranha e permanece.
O sentido de vida que se desvanece.

Tudo parece meio morto, meio inerte.
Arrasto-me e vou, autómato ao mando dos dias.
Estou sem ser, sou sem estar.

Ainda assim, as horas correm velozes.
Próprias de quem é ditoso.

Passam por nós sem esperar.
Troçam de nós ao passar.

"Vem ver-me", sussurro a rogar.
Faz o tempo parar!


5 de fevereiro de 2009

Na sala de espera da clínica...

... peguei numa daquelas revistas para mulheres (a Happy, se não me engano) e escolhi um artigo pelo título.
Qualquer coisa sobre termos coragem de assumir o que somos.

Se bem me lembro, partilhavam as suas experiências uma lésbica, uma actriz de filmes porno, um portador de HIV e uma advogada que se tinha tornado actriz.

Quando chego à parte da advogada, leio a descrição de que todos os dias passava ao Teatro da Malaposta e que este era como um hímen para ela.

"Um hímen?", perguntei-me eu.
Reli.
Sim, um hímen... era mesmo o que estava lá escrito.
"Pois", racionalizei, "é uma revista para mulheres".

O português consegue ser mesmo muito traiçoeiro...

4 de fevereiro de 2009

Acredito que...

... o puxão de orelhas tenha sido dado com boa intenção.
Com o objectivo de me espevitar, de me 'melhorar'.

Não aceito alguns dos argumentos utilizados mas admito, sem problemas, a raiz do 'problema'.
Não sou proactiva, é verdade.
Não tomo a iniciativa e prefiro muito mais seguir ordens do que dá-las.

Sou diligente e cumpridora.
E espero sempre que, quem trabalha comigo, também o seja.
Por isso, não pressiono, nem me imponho... pelo contrário, aguardo e respeito.

Nada disto, no entanto, deve fazer de mim melhor ou pior colaboradora, melhor ou pior pessoa.
Mas faz, sem sombra de dúvida, com que seja pior chefe.
Ou melhor... faz com que não saiba, nem consiga liderar.

"Cada um é como cada qual"
Não é o que dizem?

Há quem envelheça em carruagens de metro e paragens de autocarro, fustigados por vento e chuva e mergulhados em poças e lama... eternamente subalternos.
E há quem se resguarde das mesmas intempéries em carros que mereceram, protegidos por benefícios que alcançaram e privilégios que conquistaram... já nascidos chefes, dirigentes, directores e presidentes.

E tão bons uns... como os outros.
Não?

2 de fevereiro de 2009

Será...


... romantismo exacerbado?
Ou egoísmo acomodado?

Procurarei realmente a perfeição?
Ou pesarei o esforço da sua realização?

"Eu seria feliz...", escrevi-lhe um dia.
E depois acrescentei...
"... somos admiráveis na nossa coragem.
A coragem que impede que nos acomodemos a uma situação aquém do ideal de vida.
A coragem que não precisa de influências externas para se manifestar.
Ou então, a coragem que é sensível demais a essas influências..."



Será mel o que as abelhas vêm encontrar?
Ou o fel de verem que o mel é fruto a medrar?