1 de outubro de 2008

"Tu nunca vais ser...

... uma mulher bonita!" disse-me ela (quero acreditar) com a melhor das intenções.
Porque não me esforço por sê-lo, continuou.
Porque não dou nenhuma ajuda à natureza, nem procuro disfarçar nenhum 'erro divino'.
E porque não me concedo nenhum tempo para melhorar.

O meu cabelo mantenho-o desgrenhado com cortes que não necessitem de secador, como explicitamente exijo ao cabeleireiro nas poucas vezes que lá vou.
As imperfeições da minha pele não estão escondidas por nenhum creme ocultador de defeitos.
Não uso batom, a não ser o do cieiro (e apenas quando realmente preciso).
E as olheiras (que já nasceram comigo) são perfeita e completamente indisfarçáveis.

É (também) muita preguiça, eu sei.
Que vai servindo de desculpa para manter o meu ‘estilo natural’.
Mas é fundamentalmente um “what you see is what you get” que me agrada sobremaneira por nunca me trazer dissabores a mim, nem provocar desapontamentos a terceiros.
Um “se gostares de mim, tens de o fazer apesar de mim” que cultivo quase como filosofia de vida.

É muita preguiça, reconheço.
Mas também essa me recuso a ocultar.