19 de junho de 2008

Elas...

... são vistosas e alegres.
Seguras e atraentes.

Na ponta da língua, têm sempre boa resposta.
Com malícia saudável, divertem e dispõem bem.

Eu apago-me e observo.
Na sua sombra, desvaneço.

Insistem que sou eu que não quero brilhar.
Que a substância existe mas que não lhe sei dar forma.

Não vêem que somos diferentes.

Que nem todos podemos ser dia.
Que todo o dia tem uma noite.
Que toda a noite tem um luar.

Não vêem que precisam de mim.

Que toda a estrela precisa de um palco.
Que todo o palco exige um público.

Não percebem que preciso delas.

Que toda a penumbra precisa de um Sol.
E que todo o silêncio exige um grito.