... ao jeito como me elegeu para sua confidente.
Sorrio com a forma descomplexada como se abre comigo.
Conta-me coisas que, provavelmente, não diz a mais ninguém.
Revela-me segredos que talvez devesse guardar só consigo.
Respondo-lhe, deixando-o maioritariamente desabafar.
Aconselho-o como se de um filho se tratasse.
Quer que eu lhe diga o que deve fazer para deixar de sofrer.
Tal como alguns que aqui vêm ao engano, pergunta-me quanto tempo dura o Amor.
E eu sorrio, uma vez mais.
Porque pensará ele que eu sei?
E porque receio dizer-lhe "Para sempre..."?
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