24 de junho de 2008

Ela está...

... em depressão profunda.
E todos estamos extremamente preocupados.
Vemo-la no elevador, cruzamo-nos com ela nos corredores.
Apática, sorumbática... desleixada.
E todos tememos o pior.

Acredita firmemente que um homem a salvaria.
"Um namorado", nas suas palavras.
Uma Paixão que a ensinasse a viver.
Um Amor que a tornasse igual.

Lembrei-me dela quando me perguntaste:
"Então não te sentes bela? Terás de esperar pelo dia da metamorfose… será uma palavra? Uma imagem? Um homem? Uma mulher? Um povo? Um país? Será a morte? Ou serás tu???"
e te respondi sem hesitar:
"Serei eu, sem dúvida!"

Não há homem que a salve.
Nem homem que me transforme.

Não há homem que a molde.
Nem homem que me recrie.

Somos lagartas inertes.
Incapazes de nos arrogarmos borboletas.

E enquanto assim for...
... não há milagre para ela...
... nem saída para mim.