... olho aquele pôr do sol, lembro-me de ti.
E de como me disseste que o podias tornar teu também.
Sempre que abro aquela caixa de correio, espero uma mensagem tua.
E finjo que foi ontem que falámos pela última vez.
Sempre que passo à tua porta, receio ver-te.
E, por momentos, esqueço-me que já não moras mais ali.
Sempre que o meu telemóvel dá sinal, continuo a querer ler-te.
E, ingrata e feia, não leio quem me quer escrever.
E só então percebo que não é por ti que aguardo.
Só então acordo e vejo que fui eu que parti.
Só então adormeço e choro porque fui eu que morri.
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