2 de maio de 2008

Sempre que...

... olho aquele pôr do sol, lembro-me de ti.
E de como me disseste que o podias tornar teu também.

Sempre que abro aquela caixa de correio, espero uma mensagem tua.
E finjo que foi ontem que falámos pela última vez.

Sempre que passo à tua porta, receio ver-te.
E, por momentos, esqueço-me que já não moras mais ali.

Sempre que o meu telemóvel dá sinal, continuo a querer ler-te.
E, ingrata e feia, não leio quem me quer escrever.

E só então percebo que não é por ti que aguardo.
Só então acordo e vejo que fui eu que parti.
Só então adormeço e choro porque fui eu que morri.