Custa-me tanto este sentir imaturo.
Este mar de ondas altas de dor e ternura.
Alguém que me sopra... "Os milagres existem".
E eu logo a mergulhar sem olhar, a querer sem dever.
E doem-me tanto as asas que rasgo.
E os sonhos que mato antes que mos roubem.
E disfarço a espera, gritando-me só.
E grito a esperança, ocultando o dó.
Mas custa-me tanto sentir assim.
Não recear nada e ter sempre medo de mim.
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