... que a idade não me trouxe paciência.
Deu-me um pouco mais de jogo de cintura... de capacidade de gerir (ou esconder) ligeiramente melhor a minha falta de complacência.
Mas não me deu mais paciência.
Cedo menos e com maior dificuldade.
Perdoo menos e pior.
Exijo (cada vez) mais e melhor.
E, se em jovem, se procura o parceiro ideal que nos preencha e satisfaça o instinto reprodutor e de continuidade da espécie, a partir de uma certa idade já não se atura ninguém que não se mostre simplesmente à altura de nos acompanhar.
É por isso que certas atitudes, certas palavras e alguns gestos passam a ter apenas dois destinos.
A indiferença por algo que não chega a provocar nenhum efeito.
Ou a desilusão por termos acreditado que algo tinha potencial para o fazer...
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