26 de novembro de 2007

E quando...

... por algum motivo, tomo aquela pessoa de ponta?
(é tão engraçada esta expressão :D)

A sua boca fica ridiculamente pequena.
A sua voz estupidamente afectada.
O seu riso flagrantemente falso.
A sua atitude insuportavelmente dissimulada.

E implico com trejeitos, palavras, expressão, postura.
E embirro solenemente com o que diz, o que me pergunta, o que me pede.
E irritam-me os seus olhos, os seus modos e a sua reservada polidez.

E descubro-lhe a astúcia oportunista e matreira.
E decifro-lhe a hipocrisia indisfarçada e feia.

E percebo que apenas a minha indulgência me mantinha cega e alheia.