... não falo.
É normal.
(A fome, entenda-se.
Não o silêncio.)
Da minha fome não falo.
Grito-a, em áridos desertos.
Escrevo-a, em folhas vazias.
Esvazio-a, em almas estéreis.
Despejo-a, em corpos tão famintos como o meu.
Da minha fome não falo.
Notam-se apenas vestígios.
Adivinham-se somente os sinais.
Da minha fome, mesmo muda, sou escrava.
Da minha avidez, escondida, prisioneira.
Na minha fome, murcho e definho.
Mas nela, combato e resisto.
E por ela, renasço e vivo!
É normal.
(A fome, entenda-se.
Não o silêncio.)
Da minha fome não falo.
Grito-a, em áridos desertos.
Escrevo-a, em folhas vazias.
Esvazio-a, em almas estéreis.
Despejo-a, em corpos tão famintos como o meu.
Da minha fome não falo.
Notam-se apenas vestígios.
Adivinham-se somente os sinais.
Da minha fome, mesmo muda, sou escrava.
Da minha avidez, escondida, prisioneira.
Na minha fome, murcho e definho.
Mas nela, combato e resisto.
E por ela, renasço e vivo!
|