...passo por um homem, um velhinho com ar desamparado e doente.
Magro e encolhido, treme de frio, fraqueza ou vício... vá-se lá saber.
Recolhe as moedas de quem é generoso o suficiente para lhas ofertar e, no seu silêncio devastador, parte o coração dos incautos que com ele se cruzam.
Eu também já tive pena.
Também eu já me senti incomodada e culpada da minha abundância.
Até ao dia em que o vi a correr, atravessando uma das ruas da capital, fumando um cigarro e guardando o maço de Marlboro no bolso do seu casaco...
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