28 de abril de 2006

Encotinhada

Procurei no dicionário... não está lá.

Ensinaram-me que é o sentimento de quem se encolhe ao levar um raspanete.
Como um cachorro que faz uma asneira e baixa as orelhitas se lhe ralham.

Mas gosto de pensar que encotinhada também se pode usar para descrever o sentimento bom de nos aninharmos num colo ou de sermos envolvidos num abraço.

E, às vezes, só isso já seria suficiente...
... apenas sentir-me encotinhada em ti.


27 de abril de 2006

Sadly enough...

... my nightmares still have the same protagonists...

26 de abril de 2006

Conduções

Sou responsável, calma e controlada.
Engulo insultos, afrontas e faltas de educação, mas não permito que me façam de parva.
Evito todo o tipo de acidentes, sobressaltos e confusões, antecipando e adivinhando o que vai na cabeça de peões e outros condutores.
Respeito leis, ética e civismo.
Raramente tenho pressa de chegar... prefiro estradas nacionais a auto-estradas.
Nunca me importei de viajar sozinha.
Reparo sempre em condutores, nunca em carros.
E nunca sonhei com um topo de gama.

Acho que conduzo um carro exactamente como conduzo a minha vida.

21 de abril de 2006

Todos os dias...

...passo por um homem, um velhinho com ar desamparado e doente.
Magro e encolhido, treme de frio, fraqueza ou vício... vá-se lá saber.
Recolhe as moedas de quem é generoso o suficiente para lhas ofertar e, no seu silêncio devastador, parte o coração dos incautos que com ele se cruzam.

Eu também já tive pena.
Também eu já me senti incomodada e culpada da minha abundância.

Até ao dia em que o vi a correr, atravessando uma das ruas da capital, fumando um cigarro e guardando o maço de Marlboro no bolso do seu casaco...

20 de abril de 2006

Conflitos

Não digo tudo o que penso.
Não escrevo tudo o que quero.

Escondo-me, protejo-vos.
Resguardo-me, poupo-vos.

Mas sufoco... e perco-vos.

19 de abril de 2006

Desespero

Não percebo porque continuo a magoar-me.

Enlouqueço na ansiedade.

Não aceito a fragilidade.

Odeio a sensibilidade exagerada.

Exaspera-me a falta de auto-estima.

Revolta-me o ciúme insensato, a inveja irracional.

E abomino o eterno fascínio pela pessoa errada.

18 de abril de 2006

Sem palavras

O que dizer a quem acredita que perdeu tudo?
Como olhar nos olhos de quem não encontra motivo para continuar?

E como secar as suas lágrimas quando os nossos olhos também estão marejados?


17 de abril de 2006

Futilidades

Sonhos vãos
Sonho apenas sonhos vãos...

Vozes da Bancada

Que surpresa boa!
Principalmente por ser tão inesperada... feita mesmo pela calada.

Vou seguir de perto e com toda a atenção, já que não posso ir contigo.

Welcome to blogosphere, Black Pearl! ;)

13 de abril de 2006

Aaahh... o Sol!

Alimento para a minha alma, calor na minha pele.
Promessa de dias melhores, de momentos mais felizes.

Vontade de sair, passear.
Descansar em esplanadas, dançar até de manhã.

Preguiçar e ouvir música.
Andar de carro sem destino.

Baloiçar na rede, ler um livro.
Andar descalça, mergulhar no mar.

Aahh... optimismo desenfreado... regozijo desregrado...
Que bom sentir o Sol outra vez!


12 de abril de 2006

Ocorreu-me...

... que o sexo é como uma montanha russa.
Pode-se tentar em silêncio mas perde metade da graça.

11 de abril de 2006

E arrependimentos?

O que mudaria na minha vida, se pudesse rescrevê-la?

Pensei bem, garanto-vos.
Já fiz algumas asneiras, dei algumas 'cabeçadas'.
Já fui irresponsável e idiota, insensata, insensível e arrogante.
Já pisei e fui pisada, tratei mal e fui maltratada.

Mas, até à data, há só uma coisa que lamento.
Uma só coisa que alteraria.

Apenas dois anos do meu passado.
Dois anos de inércia e apatia, de fraqueza e falta de coragem.
Fragmento da minha vida sem nenhum valor acrescentado.
Pedaço da minha história sem beleza, nem calor.
Uma mão cheia de memórias de momentos e horas infelizes.
E um conjunto de consequências incómodas e importunas.

Esse é o meu único arrependimento.
Mas... aahh, se o arrependimento matasse...

7 de abril de 2006

Top 10

Qual seria o meu Top 10 de coisas a fazer, se soubesse de antemão que o meu 'prazo de validade' expiraria num ano?

1 - Viajar, viajar, viajar! (nunca mais sentir Inverno)
2 - Nunca mais trabalhar
3 - Adoptar um cão
4 - Ter aulas de equitação
5 - Esbanjar dinheiro em massagens e tratamentos de beleza
6 - Enviar o meu blog a uma editora
7 - Comprar um cabriolet
8 - Cantar num estúdio, gravando com músicos 'a sério'
9 - Fazer um book profissional, com pouca roupa e fotos bem sugestivas
10 - E egoisticamente, talvez, ser mãe...

(E não, não faria as pazes com a M.)

6 de abril de 2006

Quando?

Quando descansarei nos teus braços?
Quando me afogarei nos teus olhos?
Quando me dissolverei no teu corpo?

Não, não te quero por um instante.
Não, não quero ser novidade ou distracção.

Não, não me temas, não te intimides.
Não, não me sonhes, não me idolatres.

Não, não te afastes, não desistas.
Não, não me compreendas, domina-me.

Não, não me evites, não fujas.
Não, não me esperes, fazendo-me esperar.

Quando não precisarei mais de procurar?
Quando sentirei que, finalmente, cheguei?

5 de abril de 2006

O maior defeito do homem

Sou capaz de perdoar faltas de educação, outros descuidos e deslizes.
Quando gosto, fico cega a faltas de gosto, corpos menos perfeitos ou caras menos bonitas.
Fico surda a sotaques, calinadas e pontapés na gramática.
Permaneço muda perante maus feitios, teimosias e outros maus hábitos.
Brinco com ciúmes e possessividades.
Perdoo brigas, discussões e sinceridades brutais.

Mas não sei viver sem atenção.
Não suporto sentir que não sou especial.
Abomino a sensação de ser apenas mais uma entre mil.
Odeio sentir-me menos, só porque alguém não me distinguiu.
Detesto sentir-me relegada para segundo plano, esquecida e chutada para escanteio.

E isso, até hoje, foi a única coisa que nunca consegui perdoar.

Ainda estou à espera de quem me diga, sentindo:
"Et si tu n'existais pas, dis moi pourquoi j'existerai"

Até lá, sigo viagem, deixando escombros de ilusões e destroços de paixões.
E parto sempre sem olhar para trás...

4 de abril de 2006

Homónimos

Isto do(a) ex e do(a) actual terem o mesmo nome não está com nada!

À partida, a única vantagem que vejo é a menor probabilidade de enganos em momentos mais quentes...

3 de abril de 2006

What is wrong with me??

De cabeçada em cabeçada... de pontapé em pontapé... a minha vida parece um jogo de futebol entre solteiros e casados... onde eu nem sequer sou a bola!!