30 de novembro de 2005

Memórias

Guardo religiosamente algumas mensagens.
Tenho esse hábito desde que me lembro... muito antes de existirem sequer telemóveis.
As minhas gavetas servem de guarda-jóias a papelinhos amarelecidos pelo tempo, repletos de corações, 'conversas', confissões e declarações de amor.

São momentos inesquecíveis.
Retalhos da minha vida.
Pedaços da minha história.

Guardo-os com carinho.
Leio-os com saudade.
Preservo-os com amor.

Álbuns vivos de recordações, relembram-me situações que não quero esquecer.
O nascimento de um 'sobrinho', a paixão de um amante, o ciúme de um namorado, a promessa de um amigo...

Hoje, a memória de um dos meus telemóveis perdeu-se irreversivelmente.
Sinto que perdi anos de vida...