Acreditam se vos disser que nunca disse 'Amo-te' em toda a minha vida?
Claro que já usei a expressão, mas nunca dirigida a alguém e assumindo o profundo sentido que ela encerra.
Os americanos e os ingleses são peritos em usar a expressão 'I love you'.
Usam-na por tudo e por nada. Despedem-se (no dia a dia, nas mensagens, nas cartas) com 'Love', 'Love you', 'I love you' e outras meiguices do género.
Já os portugueses (e eu não sou excepção) reservam este 'recado' para pessoas e momentos muito especiais.
E, curiosamente, essas pessoas especiais não incluem a nossa família mais chegada (pais, irmãos, avós...).
Estou para aqui a 'debitar matéria' e a pensar:
"Será que é mesmo como estou a dizer? Ou será que sou das únicas pessoas para quem a palavra Amor encerra mistérios que parece mais seguro não desvendar? Será que sou um caso raro ao sentir-me tão relutante em traduzir nesta palavrita tanta coisa que se sente, sem dizer?"
17 de junho de 2004
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