As mulheres do século XXI são definitivamente Wonder Women.
Emancipadas, independentes, seguras, inteligentes, determinadas, capazes, sensuais.
Aprecio a sua ironia, admiro as suas convicções fortes e modernas e invejo a sua capacidade de se imporem em terrenos historicamente masculinos.
Hoje em dia, até parece mal não se ser exactamente assim, não aderir entusiasticamente a esta tendência.
Mas ao pé delas, sinto-me, por vezes, oriunda do século XVII ou XVIII.
Retrógrada, reservada, discreta, insegura.
Não proclamo aos sete ventos que sou dona e senhora do meu corpo, defendendo com unhas e garras a liberalização do aborto... mas não deixo de ter a minha opinião.
Não advogo que a mulher deve ser autónoma (ainda que eu o seja) acreditando que uma dona de casa feliz é tão inteligente e capaz como uma profissional bem sucedida.
E não reclamo o desejado papel de predadora sexual, gozando sobremaneira o meu estatuto de 'presa frágil e indefesa'.
Super Mulher, eu?
Nem pensar!
A escolher um super herói, talvez pudesse ser a Mulher Invisível.
Ou então, quem sabe, uma Catwoman arisca e desconfiada. ;)
|