Não tenho muita paciência para a ignorância... principalmente quando arrogante.
Já a genuinamente humilde apela ao meu lado didáctico e compassivo e leva-me a atitudes altruístas e solidárias.
Mas o bronco, como sinónimo de deselegante, tira-me totalmente do sério.
Não o bronco resultado da referida ignorância ou falta de educação, mas o bronco refinado, polido, que espalha a sua deselegância como o manto da sua suprema soberba e a traduz na mais pura falta de respeito pelo próximo.
A minha Mãe sempre me disse que, se eu não tivesse nada de bom ou simpático a dizer, era preferível ficar calada.
E eu sigo essa regra com cuidado e atenção.
Coíbo-me de corrigir alguém 'em público' só para mostrar que sei, armo-me de eufemismos quando sou forçada a expressar o meu desacordo e não contrario ninguém apenas para provar que tenho 'personalidade'.
Principalmente, discuto defendendo os meus argumentos e não atacando os do interlocutor... e nunca (mesmo!) o interlocutor em si.
Não há maior prova de deselegância do que esquecer do que se está a falar e, muito 'elegantemente', alegar burrice, estupidez ou qualquer outra 'incapacidade' em relação à outra pessoa só porque não concordamos com ela.
Bem pelo contrário, gosto de agradar e de expressar a minha admiração quando encontro alguém que a mereça.
E acho injusto que os broncos deste mundo acumulem simpatias e retribuam fel só porque acham que podem.
É que, desta forma, torna-se muito difícil não pagar na mesma moeda...