26 de janeiro de 2007

A Mudança...

... é já para a semana.

Como é que escreveste?
Vou para "onde já devia estar, onde sempre estou, onde quero estar" :)

E não vou apenas mudar de casa.
Vou estrear uma vida.

Wish me luck!


25 de janeiro de 2007

As Super-Mulheres

As mulheres do século XXI são definitivamente Wonder Women.

Emancipadas, independentes, seguras, inteligentes, determinadas, capazes, sensuais.
Aprecio a sua ironia, admiro as suas convicções fortes e modernas e invejo a sua capacidade de se imporem em terrenos historicamente masculinos.

Hoje em dia, até parece mal não se ser exactamente assim, não aderir entusiasticamente a esta tendência.

Mas ao pé delas, sinto-me, por vezes, oriunda do século XVII ou XVIII.
Retrógrada, reservada, discreta, insegura.

Não proclamo aos sete ventos que sou dona e senhora do meu corpo, defendendo com unhas e garras a liberalização do aborto... mas não deixo de ter a minha opinião.
Não advogo que a mulher deve ser autónoma (ainda que eu o seja) acreditando que uma dona de casa feliz é tão inteligente e capaz como uma profissional bem sucedida.
E não reclamo o desejado papel de predadora sexual, gozando sobremaneira o meu estatuto de 'presa frágil e indefesa'.

Super Mulher, eu?
Nem pensar!

A escolher um super herói, talvez pudesse ser a Mulher Invisível.
Ou então, quem sabe, uma Catwoman arisca e desconfiada. ;)

24 de janeiro de 2007

Tenho medo...

... de encontrar-te apenas quando já nada mais tiver para oferecer.

23 de janeiro de 2007

Em linhas paralelas

Ele:
"Mas és uma pessoa doce e profunda.
Penso que vives lado a lado com a paixão."

Eu:
"Talvez... mas não nos temos tocado nos últimos tempos"

22 de janeiro de 2007

Um vago entusiasmo...

... toma conta de mim.
Por pouco tempo, no entanto.

Depressa surge o turn-off, o pormenor desanimador.

Ora porque avançam sem respeitar.
Ora porque hesitam sem confiar.

Ora porque se resignam quando quero que lutem.
Ora porque lutam quando anseio por tréguas.

Ora porque são de outra e fingem ser meus.
Ora porque são meus e finjo ser deles.

Ora porque são falhos e eu quero a perfeição.
Ora porque são perfeitos mas eu não sou.

Em que gaveta te vou eu arrumar?
E em que instituição me devo eu internar??

19 de janeiro de 2007

Burro vs Bronco

Não tenho muita paciência para a ignorância... principalmente quando arrogante.
Já a genuinamente humilde apela ao meu lado didáctico e compassivo e leva-me a atitudes altruístas e solidárias.

Mas o bronco, como sinónimo de deselegante, tira-me totalmente do sério.
Não o bronco resultado da referida ignorância ou falta de educação, mas o bronco refinado, polido, que espalha a sua deselegância como o manto da sua suprema soberba e a traduz na mais pura falta de respeito pelo próximo.

A minha Mãe sempre me disse que, se eu não tivesse nada de bom ou simpático a dizer, era preferível ficar calada.
E eu sigo essa regra com cuidado e atenção.

Coíbo-me de corrigir alguém 'em público' só para mostrar que sei, armo-me de eufemismos quando sou forçada a expressar o meu desacordo e não contrario ninguém apenas para provar que tenho 'personalidade'.
Principalmente, discuto defendendo os meus argumentos e não atacando os do interlocutor... e nunca (mesmo!) o interlocutor em si.
Não há maior prova de deselegância do que esquecer do que se está a falar e, muito 'elegantemente', alegar burrice, estupidez ou qualquer outra 'incapacidade' em relação à outra pessoa só porque não concordamos com ela.

Bem pelo contrário, gosto de agradar e de expressar a minha admiração quando encontro alguém que a mereça.
E acho injusto que os broncos deste mundo acumulem simpatias e retribuam fel só porque acham que podem.

É que, desta forma, torna-se muito difícil não pagar na mesma moeda...

17 de janeiro de 2007

Todo o homem...

... devia desconfiar da mulher que, para início de conversa, lhe confessa não estar interessada numa relação séria.

E toda a mulher devia desconfiar do homem que admite imediatamente que está.

16 de janeiro de 2007

Quando...

... estou triste, durmo... muito.
Mesmo acordada, sinto o peso do sono, a inércia da preguiça.
Acredito que tudo estará melhor (diferente) quando acordar e, por isso, entrego-me confiante nos braços de Morfeu.

Desta vez, no entanto, a apatia impede-me o descanso.
O marasmo confunde-me, rouba o meu sossego.
Estou inquieta, receosa, pensativa... e desperta!

Esta noite...
... queria adormecer como se nos teus braços me tivesses.
E dormir como se no teu ventre permanecesse.

15 de janeiro de 2007

E quando...


... sinto a vossa surpresa, interrogo-me.

Serei eu que estou errada?
Serão assim tão estranhas as minhas reticências?
Será algo a mudar, a combater?
Será uma fase?
Ter-me-ei habituado sem disso ter dado conta?

E se sim...
... será assim tão mau?

12 de janeiro de 2007

As 3 perguntas

Eis o que nos devemos perguntar quando estamos numa relação (ou pensamos iniciar uma com alguém).

"Gostaria de ter filhos com esta pessoa?"
"Vejo-me ou sinto-me bem à lareira, a conversar, abraçada, a passear na sua companhia?"
"Gostaria que essa pessoa lambesse o meu umbigo recheado de chantilly?"

Se alguma das respostas for "Não", esqueçam... he's not The One! :D

As coisas que aprendo a ver a Ally McBeal...

11 de janeiro de 2007

Perdoem...

... a expressão, mas a minha bisavó dizia à sua neta (a minha Mãe, portanto) que:
"Um dia, as rãs mijarão na cabeça das pessoas"
E explicava:
"Um dia, as crianças mandarão nos adultos"

Como o sabia, permanecerá um mistério.
Mas, de certa forma, fico aliviada por ela já não poder presenciar os tempos que tão bem previu.

10 de janeiro de 2007

O Homem Certo


Tive que me rir ao ler esta frase num artigo.

"Para quem quer relações mais duradouras o melhor local para procurar o homem certo é no trabalho. Além de já conhecer de certa forma a pessoa, os interessados ficam mais inibidos em tomar atitudes precipitadas, que podem originar um mau ambiente."

Mas haverá alguma coisa nesta vida onde eu seja regra e não excepção?!?

9 de janeiro de 2007

A folha...

... em branco a aguardar.
Atenta, ansiosa, expectante.
"Que irá escrever ela agora?"

Olho-a igualmente incerta.
Escrevo melhor misérias e lamentos.
Não tenho graça, nem fleuma.

Mas é cansativo procurar, todos os dias, novas palavras para dizer o mesmo.
E páro, calo-me.

Hoje... talvez seja melhor o silêncio.

8 de janeiro de 2007

Às tantas...

... habituei-me.
Não sei bem quando, nem porquê.

Agradeço a paz da minha casa (ou a música alta quando estou para aí virada).
Aprecio a liberdade de ir, se quiser (e ficar sempre que me apetece).

Gosto da autonomia e da independência.
Da possibilidade de dormir até mais tarde ao fim de semana.
De todos os compromissos serem apenas meus.
De poder dormir com quem eu quero e não com quem tem o direito de se deitar ao meu lado.
E de dormir sozinha sempre que não me apetece companhia.

Por vezes, chego mesmo a recear que me seja concedido o que sonho.
Porque talvez (just maybe) venha a lamentar perder tudo o que tenho.

5 de janeiro de 2007

A Sabedoria de Deus


Há muito que acredito que nada o é por acaso.

Se Deus me tivesse feito mais bonita,
seria insuportavelmente vaidosa.

Se me tivesse feito mais inteligente,
o meu orgulho seria intolerável.

Se me tivesse feito mais segura,
a minha arrogância tornar-se-ia inaceitável.

Se mesmo assim, já peco por falta de humildade e modéstia, imagino como seria se fosse mais perfeita...

Sim, Deus sabe mesmo o que faz.
Deu-me apenas o que mereço.
E, por isso, Graças a Deus!

4 de janeiro de 2007

A graça da Mulher Só

Perdão se vos enganei.

Se vos fiz acreditar que estaria melhor acompanhada.
Se vos segredei nas entrelinhas que precisava de alguém para ser feliz.

Pois a minha dor nasceu comigo.

A cruz de querer sempre mais, de procurar sempre melhor.
O desassossego de crer que a perfeição existe e me aguarda.

A certeza de saber sempre tão bem o que não quero.
O tormento de preferir ser só a ser mentira, ilusão.

O suplício de ser só... e gostar!

3 de janeiro de 2007

Bombeira!

Cada vez te dou mais razão... devia ter ido para bombeira.
É que não há mesmo fogo que eu não apague!!

2 de janeiro de 2007

'tadinha??

"Tadinha..." disseste tu, meio rindo, meio lamentando.

Sorri abertamente, naquele momento.
"Tadinha?? Porquê?" respondi, surpreendida.

Percebi que não tens mesmo noção da (minha) realidade.
E achei que não valia a pena esclarecer-te.

Talvez fosse apenas uma provocação para que cedesse à tua vontade.
Ou talvez não...
É possível que acredites mesmo que a minha atitude seja de lamentar.

Mas a minha fome não é de corpos, é de alma, de sentimento.
E um corpo a mais só alimenta o vazio que sempre fica... depois.