... nunca me deixa por muito tempo.
E deixo o cinzento do tempo entranhar-se-me aos poucos na pele.
A solidão faz-se sentir como nunca.
São as viagens que não quero fazer sozinha.
E as compras que sonho fazer a dois.
É o riso que anseio partilhar.
E o peso que procuro dividir.
É continuar a querer o errado.
E a dúvida imortal se, um dia, mandei embora o certo.
É o medo, o eterno medo, de estar só... de ficar só.
E o medo maior de, com o tempo, o medo me dominar.
Envelheço, envelheço, envelheço...
Ai a inveja, meu Deus, a inveja!
De ser bela, de ser pura... de ser fraca.
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