... que te faz falar assim, eu sei.
É o medo de seres de menos que te impele a ser (de)mais.
É a vergonha de não seres tanto que tentas vender em brilhos.
Mas é a (in)certeza do que vales que te transformou em quem és.
E o desejo imbecil de ofuscar que te fez desagradável e rude.
Quando me mentes, finjo que acredito.
Se queres assombrar-me, abro os olhos de espanto.
Mas de tanta perfídia, reservo distância.
E a esta distância... percebo-te só.
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