9 de agosto de 2007

Tantos...

... mal entendidos!

Descubro-os, quase todos, tarde demais.
Sem tempo de os desfazer.
Sem chance de os corrigir.

Se sorrio, pensam que quero.
Se me afasto, dizem que fujo.

Se aceito, acham suficiente.
Se compreendo, querem mais.

Começo a abominar a palavra!

Não a que vos deixo, a que me acalma.
Mas a que não chega, a que é escassa.

Agora só quero ler olhos e mãos.
Só entender corpos e bocas.
Só perceber cheiros e sons.

Só ler gestos e silêncios.