Porque chegam vocês aos magotes?
Porque vêm em vagas surgidos do nada?
E porque desaparecem depois tão súbita e inexplicavelmente como apareceram?
Porque me iludem a espaços com entusiasmo e energia, arrebatamento e paixão?
E porque serenam e se afastam quando isso já se me tornou vício e hábito?
Porque tentam invadir-me e conquistar-me como se de terra inimiga se tratasse?
E porque me abandonam depois derrotados ou, tão simplesmente, cansados de lutar?
Porque acreditam que sou terra fértil quando me declaro estéril?
E porque esmorecem e partem se quero que me convençam que erro?
Porque me reconheço em todos vocês?
E porque, diabos me levem, não consigo, então, ser como vós?
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