No fim, o orgulho é pedra filosofal.
Transforma mágoa em riso, pranto em festa.
Impede que se suspeite da nossa dor, esconde do Mundo (a todo o custo) o nosso sofrimento.
Mascara-nos a alma e polvilha-nos de brilho o semblante.
Depois do fim, o orgulho é íman natural.
Atrai atenções, angaria adulação.
Obriga-nos (sob pena de morte emocional) a viver intensamente cada novo minuto.
Na realidade, o orgulho é apenas preconceito.
Evita confissões e partilha, afasta colo e carinho.
Cria fossos e muralhas, impõe defesa e distância.
Na vida, o orgulho é perda de tempo.
Desperdício, esbanjamento.
De laços, afectos, abraços e ternura.
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