18 de setembro de 2006

Não gosto...

... de falar dos temas do momento.
Por hábito, recuso-me a falar do óbvio.
Olho para o meu umbigo (lindíssimo, por sinal!) confirmo o piercing do dia e escrevo exclusivamente sobre mim ou o que me rodeia.
E isso costuma ser suficiente.

Mas uma vez por outra, esses 'temas do dia' aborrecem-me sobremaneira.

Como é agora o caso do pedido de desculpas EXIGIDO ao Sumo Pontífice ou a indignação sportinguista por ter sofrido um golo ilegal.

O primeiro porque vai contra o que mais defendo que é a liberdade de viver como bem se entende, desde que isso não prejudique terceiros.
Live and let live!
O fanatismo cego aliado invariavelmente à violência complica-me seriamente com o sistema nervoso.
Se são contra o Ocidente e tudo o que ele representa, reneguem-no, mantenham-no fora de portas e de corpos, mas não o tentem destruir.
Eu não entendo a sua religião obtusa e redutora mas não tento exterminá-la, nem convertê-la àquilo que eu própria acredito.
O Papa limita-se a proclamar a não violência.
Alguém me explique como é que isso pode ser errado??

O segundo porque a falta de coerência e honestidade no futebol português é vergonhosa.
Um erro que nos beneficia é displicentemente perdoado enquanto que uma falha que nos prejudica é gravemente condenada.
Sinto-me à vontade para falar, uma vez que por várias vezes já o disse em relação ao meu próprio Clube:
"Se querem ganhar jogos, marquem golos!"
Um resultado não pode estar exclusivamente dependente de um penalty que o árbitro não marcou ou de um golo mal validado.
Não se pode exigir a um árbitro que seja infalível, além de que não vejo ninguém condenar um jogador perdulário.
Mas o que é certo é que este último é bem mais gravoso para uma equipa e, na maioria das vezes, muito mais prejudicial.