É alegria o que me falta.
A que se vê no olhar da vizinha octogenária quando se aperalta para acompanhar a procissão.
A que se sente na voz da prima (10 anos mais velha) quando nos convida para uma noitada a meio de uma semana de trabalho.
A que anima o primo que, sem esperar, perdeu o emprego mas que não se deixa perder em lamúrias.
A que se ouve no riso do tio emigrante só porque agora está cá e afoga as saudades em banquetes, petiscos e outras guloseimas.
Mas eu sigo, constante, na linha recta do gráfico de emoções da minha vida.
Como se, daquela vez em que a linha atingiu mínimos (ou terão sido máximos?) nunca antes alcançados, eu tivesse perdido a capacidade de voltar a fazer variar esse gráfico.
Uma festa é apenas mais uma festa.
Um homem não é nada mais do que um homem.
Um dia é a cópia quase perfeita de qualquer outro.
Sem lágrimas, nem ris(c)os.
Sem vida, sem morte.
Um espelho mágico que reflecte sempre um sorriso calmo, beato.
Sem início(s), sem fim...
P.S. Título descaradamente roubado daqui
27 de agosto de 2009
5 de agosto de 2009
Será normal, pois então!
É que nem me atrevo a dizer o contrário.
Passado algum tempo de luto, apatia ou desânimo, reerguermo-nos emocionalmente e, mais ou menos rapidamente, encontrarmos outro alguém (ou o mesmo alguém) que nos renove as cores, os sons e os aromas do Mundo.
Por isso, não levo a mal que perguntem.
Ou que assumam que não estou só.
Porque seria normal.
E é verdade... já seria tempo!
No mesmo tempo, acompanhei separações e reatamentos.
Divórcios e novos casamentos.
No mesmo tempo, deu tempo para aventuras e flirts.
Desilusões, romances e finais felizes.
Ninguém fica só por tanto tempo.
Mais ou menos rapidamente, surge alguém que vale a pena.
Que nos faz esquecer o que passou.
Que acelera cada um dos nossos dias.
Que nos faz voltar a ansiar por amanhã.
E, portanto, não estranho que isso aconteça.
Uma e outra vez.
A quem só ouço a história mas também a quem conheço.
Mas se é normal, pois então...
... porque impede o destino que me aconteça?
Passado algum tempo de luto, apatia ou desânimo, reerguermo-nos emocionalmente e, mais ou menos rapidamente, encontrarmos outro alguém (ou o mesmo alguém) que nos renove as cores, os sons e os aromas do Mundo.
Por isso, não levo a mal que perguntem.
Ou que assumam que não estou só.
Porque seria normal.
E é verdade... já seria tempo!
No mesmo tempo, acompanhei separações e reatamentos.
Divórcios e novos casamentos.
No mesmo tempo, deu tempo para aventuras e flirts.
Desilusões, romances e finais felizes.
Ninguém fica só por tanto tempo.
Mais ou menos rapidamente, surge alguém que vale a pena.
Que nos faz esquecer o que passou.
Que acelera cada um dos nossos dias.
Que nos faz voltar a ansiar por amanhã.
E, portanto, não estranho que isso aconteça.
Uma e outra vez.
A quem só ouço a história mas também a quem conheço.
Mas se é normal, pois então...
... porque impede o destino que me aconteça?
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