... tudo são rosas.
Somos lindas, inteligentes, companheiras, amantes, amigas.
Fontes de prazer sensual e bem estar emocional.
No início, a arte da conquista é elevada ao seu expoente máximo.
A marcação cerrada lembra um desporto em que se esmeram por brio, um ponto de honra defendido com tenacidade.
No início somos desconhecido, mistério.
Galinha da vizinha, fruto proibido (ainda) por trincar.
Tempo passado, perdemos graça e sabor.
Criamos imperfeições, passamos a estorvo e embaraço.
Tempo passado, somos rotina, geramos enfado.
Olhos e gestos avançam céleres para outras (em)presas.
Acusadas de insatisfação e insaciabilidade, convém perguntar:
"Mas quem muda ao longo desta história, afinal?"
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