26 de abril de 2007

Distâncias

É realmente estranha a vida.

Quando estamos juntas parece sempre que o tempo não passou.
Não há desconforto pelas ausências prolongadas.
Os risos são os mesmo de quando estávamos no liceu.
Os vossos filhos são agora factor de união em vez de escavarem um fosso ainda maior na diferença das nossas vidas.
E tudo isso é (tão) bom.

Já convosco...
Vivemos paredes meias, privamos diariamente.
Mas o silêncio é pesado, a distância é imensa.
Um passo é a travessia de um abismo.
Uma palavra é um grito no vácuo.

Convosco, na ausência, não há lembrança.

Com elas, a ausência é lembrança e a presença, saudade.