6 de janeiro de 2005

É mesmo...

... de Pisciana!
Tão depressa estou nas nuvens, como logo a seguir encontro-me estatelada no abismo.
Tão depressa rio à gargalhada, como choro convulsivamente.
Tão depressa faço planos para borgas e saídas, como me apetece fechar-me em casa e dormir para sempre.
Tão depressa encaro o futuro com uma esperança enorme e optimista, como penso que deixei de ter razão para viver.

Talvez fosse mais fácil se nos tivéssemos zangado.
Se tivéssemos gritado, discutido e chamado nomes um ao outro.
Talvez recuperasse mais rápido se soubesse que tinhas sido um ca**** ou um filho da p***.

Mas não.
De comum acordo, concluímos que não estava a funcionar, que não conseguíamos avançar.
Eu sentia-me incomodada por dar numa medida e receber noutra.
Tu sentias-te mal por não me fazeres mais feliz.
Coitado... será que é tão difícil perceber que eras tu o infeliz?